Já há algum tempo vem se criando grande expectativa em cima da adaptação cinematográfica de A Culpa é Das Estrelas, baseado no livro do John Green, com mesmo nome. Ontem fui ao cinema e finalmente assisti..... Vou falar um pouquinho do que achei do filme.
A grandiosidade do filme se deve, primeiramente, a Shailene Woodley e Ansel Elgort, que interpretam os protagonistas. Tenho que admitir que eu não botava fé em Ansel como Augustus - e não porque ele fosse mal ator. Ele já provou ser ótimo atuando, mas simplesmente não era nada parecido com o fenomenal Gus Waters. Cadê os olhos azuis? E os cabelos pretos? Maaaas... Meu Deus, ele é Augustus Waters. Quando ele entra em cena, (uma cena igualzinha ao livro) e abre aquele sorriso, já se vê que ele foi a escolha perfeita.
Shailene é exatamente a Hazel que eu imaginei: simples, sincera, inteligente, e engraçada, convivendo com a inevitabilidade de sua morte precoce e fazendo piada disso.
O filme conta com momentos cômicos, como a impagável cena da vingança de Isaac com sua ex-namorada, Monica. Nada na sua vida dá certo? Okay, chame os amigos para atirar ovos no carro da sua ex-namorada.
O filme apresenta uma narração em primeira pessoa de Hazel, o que acentua as semelhanças com o livro. A maioria dos diálogos são iguaizinhos ao que John Green escreveu, e muitas características dos personagens não foram alteradas, como a paixão de Hazel pelo livro Uma Aflição Imperial.
Peter Van Houten, o escritor do livro favorito de Hazel, se revela uma decepção ainda mais gritante assim, numa tela de cinema, dizendo horrores para pessoas reais. Ele foi o personagem que mais gostei de ver ganhar forma na tela, porque eu já odiava o cara antes, e agora odeio mais.
Peter Van Houten, o escritor do livro favorito de Hazel, se revela uma decepção ainda mais gritante assim, numa tela de cinema, dizendo horrores para pessoas reais. Ele foi o personagem que mais gostei de ver ganhar forma na tela, porque eu já odiava o cara antes, e agora odeio mais.
Também se preparem para chorar horrores. Embora já se saiba que um deles vai morrer cedo ou tarde, você simplesmente não consegue se preparar para a morte de Augustus Waters. Ele é tão vivo (todos os personagens são, aliás) que parece surreal.
Acho que a coisa que mais dói na história toda nem é a morte em si, mas a forma como os eles sabem que estão morrendo com tanta antecedência. Não é o tipo de morte corajosa e inesperada que faz de você um herói. Você sabe que vai morrer. Como é possível se preparar para isso? Qual é a glória de se morrer assim?
O câncer é uma doença feita de você, e, em alguns casos, sem nenhuma chance de negociação, ele te leva. Você pode lutar contra o câncer e às vezes vencê-lo, mas no caso de Hazel Grace e Augustus Waters (e do meu pai), você simplesmente está se sacudindo em areia movediça. A parte dolorosa da história é essa: não importa o quanto eles lutem, uma parte deles está tentando mata-los. E eles sabem disso.
Mas -como, pelo visto, eu tenho a tendência de me distrair fácil com detalhes - a coisa que mais me tocou no cinema foi a mulher na minha frente. Isso não tem muito a ver com a história, mas estou contando porque achei incrível.
A mulher sentada na fileira da frente usava uma máscara, um casaco, e tinha o cabelo curto, raspado há pouco tempo. Ela tinha vindo ao cinema com outra moça, e era óbvio que ela tinha passado (ou ainda estava passando) por um processo de recuperação de câncer, levando em conta o jeito como se mexia devagar e parecia cansada. Durante o filme inteiro, ela não chorou. Acho que todo mundo na sessão se acabou em lágrimas, mas ela se manteve impassível. Ela segurou a mão da moça do lado dela, que chorava, e assistiu a tudo calmamente, sorrindo e olhando a reação da moça que a acompanhava.
Talvez a doença em si não seja heroica, só degradante. Mas, se você sobreviver tempo o bastante, você aprende umas coisas que um herói saberia: às vezes a sua dor, por maior que seja, tem que ser calada para aplacar a dor dos outros.
E foi incrível perceber que existe um filme feito não só para ganhar dinheiro, mas para passar uma mensagem real que prove que a humanidade ainda tem salvação.
E foi incrível perceber que existe um filme feito não só para ganhar dinheiro, mas para passar uma mensagem real que prove que a humanidade ainda tem salvação.
Não foi só pelo filme que eu chorei, mas qualquer um que queira assisti-lo não vai se arrepender. Traz frases marcantes, comicidade, metáforas inesquecíveis e uma história de amor da grandiosidade do céu estrelado.
Assistam. Okay?
Eu não li e não assisti (me julguem) mas claro que ainda o farei.
ResponderExcluirJá até comprei o livro para ler, não fiz isso até hoje não porque não goste da história e sim porque tinha 1000 livros na frente, rsrsrs.
Beijocas, Tamy.
Blog Descolada Vida
Não vai se arrepender quando ler. Vai se apaixonar por John Green <3
ExcluirOi Carol;
ResponderExcluirPrimeiramente quero dizer aqui que você escreve MUUUITO bem, viu?!
Assisti hoje à tarde ACEDE e nossa, é bem fiel mesmo ao livro.
Que perfeição de filme!! Chorei horrores. Nossa que interessante o que você disse sobre a moça da fileira da frente.
Eu simplesmente amei o filme, sem palavras.
Parabéns pelo post ficou incrível!!
Bjin
Obrigada! :) Ah, se todos os filmes fossem fiéis assim :(...
ExcluirEu tô loucaaaa pra assistir esse filme! Depois que minhas provas acabarem vou correndo!
ResponderExcluirAdorei o post!!! Beijo!
http://blogjardimdedeus.blogspot.com.br/
Eu não li o livro ainda,mas como todos amam estou tão curiosa que vou ver o filme antes!
ResponderExcluirE já vou preparar o lencinho hahaha!
Beijos
Nathalia
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PAULO SEU POST TINHA QUE SER, CHOREI COM A CULPA É DAS ESTRELAS
ResponderExcluirEssa adaptação ta num nivel elevado de perfeição D: Eu assisti ao livro do John Green em forma de filme :'( QUERO MAIS
Abraços
David Andrade
http://www.olimpicoliterario.com/
*post da Carol :P
ExcluirO filme foi mesmo mais fiel que muito marido por aí XD
Eu li o livro e assisti o filme, me emocionei com ambos. :)
ResponderExcluirCarooool
ResponderExcluirAmei seu post ! Parabéns ! Escrevi super bem.
Eu já li o livro, chorei horrores...
Estou com medo de assistir ao filme e me decepcionar, mas como todos estão falando tão bem vou arriscar.
Abraços