Resenha: O Medalhão Mágico: O Reino de Damantiham - Mariana Lucera






Desde o desaparecimento do pai, há três anos, a vida e as aventuras de Emily Dismorri se limitam aos livros que lê.  Sem o pai, causa constante de sua diversão, fugir para realidades alternativas através dos livros é a única opção para repelir a saudade.


Embora ame muito sua mãe, para Emy tem sempre algo faltando. Mesmo depois de tanto tempo, a ausência do pai é sentida todos os dias, e muito embora Julie - a mãe - diga que ele está morto, Emily acredita com todo seu coração que ele está apenas desaparecido, silenciosamente aguardando ser encontrado.



Quando Emy e Julie partem de São Francisco para a velha Londres para visitar tia Sophie Emy começa a dar mais atenção aos acontecimentos estranhos que rondam a história de sua família.
Lindsay, a filha única de tia Sophie, desapareceu também há três anos, e o mais estranho: dentro da própria casa onde morava com a mãe - mais especificamente, desapareceu dentro da biblioteca.

Ao encontrar um misterioso diário no quarto da prima desaparecida e se deparar constantemente com uma “assombração” rondando os corredores da mansão, Emy descobre que a casa esconde muito mais segredos do que ela poderia imaginar.

A biblioteca – aquela única portinha azul na mansão de Sophie – esconde não só livros e poeira, mas também um portal capaz de levar o portador do Medalhão Mágico para a fantástica terra de Damantiham. 

Essa terra de unicórnios, elfos, fadas e monstros é governada pela terrível rainha Amyla.

Lindsay, Emy descobre lendo o diário, está vivendo há três anos em Damantiham, integrando um grupo de resistência ao reinado de Amyla. Lindsay luta para devolver o trono à feiticeira Helena, a primeira dona do Medalhão Mágico.

Emy acha que seria fácil entrar em Damantiham, encontrar a prima (talvez o pai) e voltar para casa com apenas uma aventura na bagagem... Mas o medalhão que Emy usa para abrir o portal é apenas uma metade do verdadeiro Medalhão Mágico, aquele que pode devolver a Helena seu antigo poder para arrancar o reino das mãos de Amyla.

Se tudo o que estão dizendo é verdade, sem as duas partes do Medalhão Mágico juntas, não só Damantiham continuará sob domínio de Amyla quanto Emy e Lindsay estarão presas ali para sempre.

É o mais próximo de As Crônicas de Nárnia que tenho visto ultimamente.

Simples, de linguagem fácil e direta, nas primeiras cem páginas já se explica tudo o que você pode esperar da série: aventura fantástica do começo ao fim.

Gostei dos cenários bem explicados, dos diálogos práticos, da magia que ronda cada acontecimento, mas, particularmente, não senti aquela emoção que senti lendo Nárnia e outros livros sobre terras mágicas escondidas.

O que dá a entender é que todos os personagens acreditam em tudo o tempo todo, mesmo os adultos. Exemplificando: um unicórnio aparece na frente de uma personagem e ela imediatamente ignora o fato de que aquele ser mítico não deveria existir e começa a narrar que nunca cavalgou antes. É como se nada atingisse ou surpreendesse Emy Dismorri, o que achei meio chato. Sem a surpresa, a incredulidade, a resistência em achar que o fantástico é real, a história perde um pouco da graça, e por isso não consegui me imaginar no lugar de Emy em quase nenhum momento.

Só quando um pequeno romance começou a se insinuar é que eu enfim consegui reconhecer em Emy o espírito de uma adolescente comum: tudo bem se ela não liga pros unicórnios, pelo menos pros garotos ela tem olhos.

De qualquer forma, gostei do enredo de uma forma geral, e reconheci nessas poucas páginas o que mais me atraiu na literatura fantástica quando comecei a ler - admito que esse livro me lembrou como Monteiro Lobato escreve.

É o tipo exato de livro que faria uma criança (ou alguém não tão criança assim) não querer desgrudar os olhos das páginas, e é a iniciativa certa para se começar o hábito da leitura, ou mantê-lo caso ele já exista.



Espero que tenham gostado ;)


12 comentários:

  1. Bom, se você chegou a compará-los com Nárnia e Monteiro Lobato, se tiver um pingo de semelhança entre eles, já é motivo suficiente pra eu ler. Também não curto quando os personagens aceitam tudo, me dá raiva...

    Beijos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

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  2. Otima resenha , amei .

    Tem post novo vem ver , Beijos http://blognao-permito.blogspot.com.br/

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  3. Olá, tudo bem!!!
    Eu realmente gosto de livros com magia, esse parece ser bem interessante. GOSTEI DA SUA RESENHA!!!

    AH um tempo atrás eu escrevi um conto para o blog AS LEITURAS DA MILA, e lá eu observei que alguém da equipe desse blog comentou, e disse que gostou, estou passando aqui para agradecer o carinho e falar que fico feliz por ter gostado.

    estou seguindo o blog.
    beijos!!!

    seforasilva.blogspot.com

    https://www.facebook.com/pages/S%C3%A9fora-Silva/711267155558571?ref=stream

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    1. Obrigada, Sefora... Carinho retribuído é excelente :D

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  4. Parece ser um livro interessante. É um livro infantil então deve ser por isso que nada atinge o personagem!
    Vou procurar ler.
    Meu Filme virou Livro

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  5. Gostei muito da sua resenha sobre esse livro. Confesso que fiquei louco pra ler. Esse tipo de história me encanta de uma forma inexplicável. Acho que sou um dos poucos leitores que lê crendo nos contos fantasiosos descritos nesse tipo de livro. Amo universo paralelo, realidade alternativa, e principalmente quando fala de magia e criaturas mágicas!
    Adorei!!!

    http://viajandocomluiz.blogspot.com.br/

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    1. Também amo essas venturas fantásticas :P Que graça teria um mundo só com livros de histórias reais? De real já basta a vida
      Bjss

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  6. Esse livro parece muito legal, tenho vontade de ler.

    www.iasmincruz.com

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